domingo, 25 de março de 2018

Frida



Frida no sarau Clamarte


Os ruídos. Os motores. O pulso da vida. 
Mecânica.
O existir na oficina.

Na estação dos calores, entre mesas, cadeiras. 
As gentes.
Latidos em  backing vocal.

Fim de dia. Estação dos calores.
Noite de lua. 
Carnaval.

No recitar e nas artes, a graça é canina.
Um laço ata-se ao pescoço como a fidelidade e amizade ata-se ao dono.

Abana o rabo com o coração. Um rabo feliz. De criança festiva. 
E salta e corre. Aos pulos,  ziguezagueando pelo salão.

Entre humanos, tantos. 
Um afago aqui outro ali.
Tátil aconchego. 

Senhora do sofá da casa. 
Paladar de não ração. O pulso do querer. 

Focinho empinado. O faro da descoberta,  à  mil.
Não tem um dono. Ele é que a tem. 

Isso é Clamarte. 

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