sábado, 28 de maio de 2011

Eco-poema: 3 em 1

sex, 16/10/09 por milton.jung | categoria Ambiente Urbano | tags , ,

Inspirada na iniciativa da comentarista do Blog, Maria Lucia Solla, a ouvinte-internauta Suely Schraner, das mais ativas escritoras do Conte Sua História de São Paulo, soltou o verbo e enviou três eco-poemas que reproduzo em série, neste post:
Um consumo responsável salvaria nossa vida
Pra se ter muito mais pão
E viver melhor também
Recicle tudo que tem
Pode dar um trabalhão
Faça o seu coração
Dar o ponto de partida
Pra se ter bem mais guarida
Melhorando o ambiente
Um consumo responsável
Salvaria nossa vida
Gastar e fazer direito
Reciclar melhor também
Ao planeta querer bem
Por um mundo mais perfeito
Vivendo bem desse jeito
Nessa terra tão querida
Melhor ponto de partida
De tratar o ambiente
Um consumo responsável
Salvaria nossa vida
Guardar pra quê, se não serve?
É hora de melhorar
E fazer alguém contente
Tornar leve sua mente
E também de reciclar
O espaço ampliar
Reduzir o que convém
Reutilizar também
Superar o que está feito
Renovar é um direito
Guardar pra quê, se não serve?
Os 3 Rs
De guerreiro e de mestre
Tem de tudo em nossa gente
Nem precisa ser tão doido
Pra cuidar deste ambiente
Reduzir tudo é possível
Com consumo consciente
Um visionário recicla
Nem precisa ser guerreiro
Curador é necessário
Mesmo se não tem dinheiro
Reutilizar se pode
Faz saúde no terreiro
Para alguns é feiticeiro
Para outros, ecológico
Harmonia em todo espaço
Ser humano também lógico
Vai tratando seu planeta
Analisa o patológico
Terra, água fogo e ar
Nossos quatro elementos

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Até agora não fomos assaltados



A segunda-feira chegou e com ela, o amigo suíço, vindo da Austrália. Vontade de conhecer o centro da cidade de São Paulo.

De carona com minha irmã, que trabalhava próximo da estação Armênia, lá fomos nós.  Pra mal dos pecados, os motoristas de ônibus resolveram não sair da garagem. A fila de carros, na avenida 23 de Maio, bibelôs de asfalto.

Horas depois, respirado todo o monóxido de carbono a que tínhamos direito, apeamos no Anhangabaú.  Meu amigo pálido e nauseado, explicava que estava passando mal, resultado de uma hepatite adquirida na Índia, por onde andara recentemente.

Paramos num mercadinho para comprar maçã. Dizem que é um bom antídoto para enjôo. Aliviados subimos a Líbero Badaró. Na praça da Sé uma parada na guarita, que fica defronte à catedral. Surpresa. O “guarda” falava inglês e até deu dicas ótimas de turismo.

Rumamos até o Pátio do Colégio. Aí também o guia se esforçava para explicar em inglês que o local é o marco inicial do nascimento da cidade de São Paulo. Que, estando no alto de uma colina entre os rios Tamanduateí e Anhangabaú, foi escolhido para iniciar a catequização dos índios. Contou da inversão do rio e dos fragmentos de uma parede do antigo colégio, que procura simular a original seiscentista, feita de barro misturado com grãos de areia e brita. Dizem que,até sangue de boi foi usado para dar liga.

No alto do Edifício Altino Arantes, nossa guia também arriscava umas palavras no idioma de Shakespeare.  Eu pasma com tão boa recepção e meu amigo extasiado numa São Paulo improvável.  No alto do edifício Arantes, clicou tudo com sua câmera descartável. É que em sua terra natal o haviam alertado para não andar com câmera fotográfica boa, senão seria roubado na primeira esquina.  De lá, caminhamos até a Rua Aurora. Bar do Leo e os deliciosos bolinhos de bacalhau com chope bem tirado e a nossa boca do lixo bem ao lado. 

Próxima parada: praça da República.  Olhar São Paulo com olhos de turista.  Ver e reparar. No Edifício Itália, permissão dada e subir até o Terraço Itália. Diante da vista deslumbrante, um lamento por não ter na mão uma câmera digna da visão. E ainda mais, a alegria do privilégio em assistir ao ensaio no piano bar.
De passagem pela avenida a Liberdade, o deslumbramento pela nossa  Chinatown e a boa gastronomia.

Mais metrô e chegamos ao maior centro financeiro, a av. Paulista. Um banho cultural em meio a greve de ônibus e trânsito caótico que nos assola.
No parque Trianon, uma gritaria. Um mendigo sojigando outro, por conta de algo encontrado no lixo.  

Flanar. Da Casa das Rosas, Itaú Cultural, Exposição na FIESP até o MASP mais imersão cultural.  Na Augusta, pausa para um café expresso.

O sol se punha e uma brisa leve indicava que era hora de voltar. O amigo exclamou:” São 17 h e até agora não fomos assaltados! São Paulo não é nada do que falam na Europa”. 

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